Mortal, 'Desafio da rasteira' preocupa escolas e especialistas
- 14/02/2020
O assunto invadiu o WhatsApp de pais e responsáveis por alunos e se transformou em uma grande preocupação nas escolas, em pleno início de ano letivo. O "desafio da rasteira", também chamado "quebra-crânio" ou "roleta humana", é, na verdade, uma agressão que pode levar a vítima a lesões severas e à morte. Várias imagens com três jovens posicionados lado a lado, onde o do meio é convidado a pular e em seguida recebe uma rasteira de surpresa, viralizaram na internet. Alguns participantes aparecem com
Além de trazer risco de vida, a "brincadeira" pode ser considerada infração, se praticada por menores de 18 anos, ou crime, no caso do agressor ser maior de idade. O assunto virou pauta de reunião escolar em algumas unidades e de ações educativas em outras. Discutir o problema de forma responsável é considerado o melhor remédio para combatê-lo antes que ocorra uma tragédia.
O caso de uma estudante nordestina que morreu após ser vítima da rasteira aumentou o receio de pais e mestres. Emanuela Medeiros, 16, bateu a cabeça no chão, na Escola Municipal Antônio Fagundes, em Mossoró (RN). Ela sofreu traumatismo craniano, foi socorrida pela direção do colégio e levada ao Hospital Regional Tarcísio Maia, mas acabou morrendo. O caso aconteceu em novembro do ano passado e viralizou nesta semana.
Práticas como o "desafio da rasteira", alertam especialistas, ressurgem a cada ano e ganham adeptos entre crianças e adolescentes, na mesma medida que preocupam pais e educadores. Exemplo disso foi o jogo Baleia Azul, que levava ao suicídio, assim como o da Boneca Momo. Outro exemplo foi o Bird Box, onde os jogadores eram estimulados a vendar os olhos para fazerem tarefas cotidianas.
Pedro Simas, vice-diretor pedagógico do Colégio Boa Viagem, disse que a escola já desenvolve iniciativas que contemplam o assunto e, desde o início da semana, quando começaram a circular imagens do "desafio" em uma escola da Venezuela, foi convocada uma reunião para traçar outras estratégias de enfrentamento do problema.
Fonte: Diário de Pernambuco