​CureVac: a vacina alemã de RNA que pode ser armazenada em geladeira comum

  • 09/05/2021
​CureVac: a vacina alemã de RNA que pode ser armazenada em geladeira comum

Informações sobre eficácia e segurança serão divulgadas na próxima semana. Se aprovada, vacina será produzida pela Bayer e pela Novartis

No cenário de grandes expectativas em torno da chamada segunda onda das vacinas contra a Covid-19, a alemã CureVac desponta como a que mais vem chamando a atenção no momento. Isso se dá por dois motivos: ela foi desenvolvida a partir de RNA e pode ser armazenada em geladeira comum.

Os outros dois imunizantes de RNA já lançados - pela Pfizer-BioNTech e pela Moderna - necessitam de freezer para armazenamento, o que dificulta que eles cheguem a regiões pobres e remotas. Informações sobre segurança e eficácia serão divulgadas pela CureVac na próxima semana.

As gigantes Bayer e Novartis são parceiras da CureVac na corrida contra a Covid-19. Em fevereiro, a Bayer anunciou que irá fabricar as vacinas na Alemanha. "Embora não tenhamos produzido vacinas anteriormente, possuímos grande experiência no desenvolvimento de produtos biotecnológicos", declarou Stefan Oelrich, presidente da divisão farmacêutica da Bayer, em coletiva de imprensa. A ideia é produzir 160 milhões de doses em 2022.

Um mês depois, em março, a Novartis declarou que irá produzir doses do mRNA e do medicamento a granel - a serem envasados pela própria CureVac - na Áustria. "As primeiras entregas do medicamento a granel para o CureVac são esperadas para o verão europeu de 2021", disse a empresa em nota. A Novartis planeja produzir até 50 milhões de doses do mRNA e do medicamento a granel ainda em 2021 e mais 200 milhões de doses em 2022.

Fundada em 2000, a CureVac afirma que foi a primeira empresa a utilizar o mRNA para fins médicos com sucesso. De acordo com um artigo publicado pelo The New York Times, a BioNTech e a Moderna só começaram a trabalhar com RNA vários anos mais tarde (em 2008 e 2011, respectivamente), mas acabaram despontando nas pesquisas referentes à Covid-19 por questões financeiras.

Fonte: Revista Galileu


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